OPERAÇÃO DO BEM:Conheça o projeto que está fazendo a diferença em ajudar pessoas

A história de como um quadro de televisão virou sinônimo de fazer o bem no Rio de Janeiro sem gastar um centavo.

A ideia que tem o “Bem” até no nome surgiu despretensiosamente. O objetivo não era criar um projeto social, e sim um quadro de televisão que mostrasse o que pessoas literalmente “do bem” estavam fazendo, arregaçando as mangas pelo próximo, sem esperar a ajuda do governo ou de empresários. 

O ano era 2014. A proposta do jornalista para a Record TV era reproduzir no Rio de Janeiro o que já fazia em um quadro em rede nacional na mesma emissora. Mas trazer algo que já era consolidado na televisão brasileira para a capital fluminense exigia um nome que tivesse bem a cara do carioca. Cansado de ver notícias de constantes operações policiais nos morros, a ideia foi montar uma “operação” que fosse diferente de tudo. Uma “Operação do Bem”.

Por mais de 12 meses o quadro mostrou pessoas que criaram creches comunitárias em favelas onde não havia escolas; quem prestava atendimento odontológico onde não havia uma estrutura de saúde digna; ou quem - até no meio de um lixão  - resolveu dar aulas de reforço escolar para crianças carentes. Em resumo, o apresentador mostrava quem simplesmente estava fazendo o “bem”.

A vontade de ajudar não deixou Ramalho se conformar em apenas mostrar os trabalhos sociais. A medida que ia se envolvendo cada vez mais com o projeto, o jornalista  passou a voltar, mesmo depois das matérias irem ao ar, para acompanhar o que cada um estava fazendo com a visibilidade que ganhava - às vezes até com as doações que o poder de fogo de uma emissora de televisão poderiam trazer. 

Pouco tempo depois, mesmo afastado da emissora e sem levar ao ar a suas histórias, o apresentador começou a se dedicar ao trabalho social sem pensar em televisão. “Era muita coisa para se verificar, e muitas instituições para se visitar” - comenta o jornalista sobre os primeiros meses do projeto. Sim, seria bastante complicado dar prosseguimento ao que havia começado na sem mais apoio envolvido. A proposta foi expandida: agora o “Operação do Bem” já fazia eventos, ou participava de eventos privados onde Fábio Ramalho se propunha a abrir mão de seu cachê de apresentador em troca das doações pedidas, que passavam a ser direcionadas a projetos sociais que tem o “selo de qualidade” do projeto. Onde estivesse o “Operação do Bem”, ali estaria uma instituição idônea sendo ajudada. 

O trabalho cresceu. Foi aí que, em uma das instituições que visitou (mesmo sem ter chegado a gravar nela) conheceu a cuidadora Thais Oliveira. “Na verdade eu já a conhecia antes. Tinha ido até a casa dela para gravar uma reportagem com a filha, a Victoria, uma jovem especial que era fã da Ana Hickmann. Ela havia ganhado uma festa de 15 anos da Record” - relembra. Foi aí o começo de uma grande amizade que deu também muitos frutos sociais.

O contato social frequente - já que ela era voluntária da instituição onde a filha era atendida e Fábio Ramalho padrinho - fez com que os dois percebessem muitas afinidades quando o assunto era o social. “Como voluntária da Sociedade Beneficente Anchieta eu ajudava bastante. Mas percebi que com a nossa Operação do Bem poderíamos ajudar não apenas à instituição onde minha filha fazia terapias. Poderíamos abrir bem mais o leque“. relembra Thaís. 

E foi exatamente o que aconteceu desde que começaram a unir forças. “A Thaís é o grande trabalho braçal do Operação do Bem. Sem ela nada sairia do lugar já que nem sempre consigo dedicar o pouco tempo que tenho entre as gravações para buscar doações, organizar eventos, e conhecer de perto a situação de cada um dos projetos que assistimos” - diz Ramalho sobre a coordenadora do projeto que, para ele é quem faz o trabalho pesado e já virou gente da família. “Eu só chego para colocar a cereja no bolo que ela que fez”.

Hoje é só procurar no Instagram como @operacaodobem ou no Facebook que as ações estão lá. O projeto fechou o ano de 2017 com um total de 12 entidades assistidos entre Rio e São Paulo; além de mais uma inaugurada recentemente em Brasília. Foram mais de 80 eventos em um único ano que tem feito a diferença pra muita instituição social que precisa. “Às vezes as pessoas me perguntam qual o foco do Operação do Bem. Se são autistas, crianças com Down, idosos até animais de rua. Eu respondo que somos de todos. O “Operação do Bem” é um projeto de aglutinação de ONG’s. Procuramos ajudar quem nos ajuda a ajudar e não tem medo de repartir o que recebe.” Pra quem ajuda nunca falta, garante o jornalista.

artistas voluntários - o ator Gabriel felipe, Victor hugo the voice kids, a atriz Aparecida petrowky e Diego D' Ávila.